segunda-feira, 25 de outubro de 2010

SunDay

Dia claro, céu aberto. Sem nenhuma nuvem na imensidão azul. A água salgada era serena, mal fazia ondas e era de um tom cristalino de impressionar. As palmeiras, com seus cabelos arrepiados, agitavam-se com a leve brisa de verão, solenes perto dos coqueiros, mais baixinhos. A areia, branca e tão fina quanto açúcar refinado, se estendia por metros e metros, quase como um deserto. O diferencial é que se sabe que tem um calçadão bem pertinho dali, com suas pedras portuguesas formando ondas belíssimas. Ele é bem conhecido até onde sei e, nossa, que falta me faz. E, nesse calor, o que não falta são sorvetes, distribuídos por um daqueles carrinhos que tanto andam na praia.

É, um típico dia de sol de domingo.

Dedicado ao meu Rio de Janeiro. Um lugar que eu quero, em breve, voltar.

Máscara

Posso estar feliz e saltitante, rindo de tudo, sem me importar com o que você faz ou deixa de fazer. Já ouviu aquele trecho de uma música do Frejat: “E quero que você descubra que rir é bom, mas que rir de tudo é desespero”? Acho que não, porque você nem desconfia que eu estou usando uma máscara. Mas, um dia, máscaras caem e você vai ver que a tristeza é o sentimento que mais me marca agora. Não estou dando um tempo. Estou anestesiada. A agulha sendo aplicada ao meu corpo deve doer menos do que o sofrimento que você me causa. Alguém pode chamar o médico? Acho que estou sofrendo de uma doença chamada coração partido. E nenhuma cola que você tenha, nem que seja Super Bonder, vai conseguir juntar os pedaços novamente.

sábado, 23 de outubro de 2010

Detesto

Detesto que me tirem da minha nuvem de sonhos. Sempre detestei. A realidade dói, muito mais, por isso prefiro me isolar no meu mundo perfeito. O problema é que ninguém entende isso. Então, acabo me isolando mais ainda. A nuvem sobe a um nível onde ninguém pode alcançar. Mas, o que eu mais sei, é que quanto maior a altura, maior a queda. Agora, não me surpreendo com a quantidade de feridas que tenho e não vou perder tempo contando-as. Vou seguir em frente... E na minha nuvem de sonhos.

Eu só quero...

que você saiba que eu já andei demais pra voltar todo o percurso do início, só por sua causa.

domingo, 10 de outubro de 2010

Sua criança interior

Dia das crianças se aproximando e você imaginando: Puxa, eu não sou mais criança. Nunca mais vou ter o prazer de ver aquele Hot Wheels ou aquela Barbie que tanto queria e pedir para os meus pais comprarem. Ou mais de um, não tem problema nessa época. Também não sabe se ainda os pais vão nos dar presente, se eles julgarem que estamos velhos demais.

Velhos demais... Não faz sentido, porque eu sempre ouvi aquela frase: “Sua criança interior”. Se temos uma, em cada um de nós, nunca deixamos de ser crianças, ora. Apenas a reprimimos com o passar dos anos, devido as crescentes responsabilidades e falta de tempo.

A maior parte das pessoas concorda que a infância é a melhor fase da vida e vive relembrando coisas do passado, como se estivesse limitada agora a não fazer mais, o que não é verdade. Só tem medo de agir imaturamente, por ser adolescente/adulto/idoso, e acham que tem que ter totalmente uma nova postura. Se concordam que é a melhor fase, por que não relembrar os velhos tempos?

Por isso que se todos temos uma criança dentro da gente, o Dia das Crianças é para todos. Que tal deixá-la correr livremente, se sujar, rir alto, pintar o sete, nem que seja por um só dia?

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Ser diferente...

é ser original. O que há de errado nisso? Falar o que pensa, agir como acha que deve agir.

Muitas pessoas têm medo de mostrar quem realmente são e eu não nego que sou assim. Muitas chamam de timidez, talvez para disfarçar. Mas o fato é que elas têm medo de não serem aceitas e serem excluídas pelos outros, como se fossem um vírus que as pessoas tivessem medo de pegar. Como se isso fosse doença. Ser diferente não é doença, nem moda, muito menos querer chamar a atenção. Ser diferente é só não seguir um padrão. Não somos robôs fabricados para sermos todos iguais, falando e fazendo sempre as mesmas coisas. Além disso, ninguém é igual: somos fisicamente e psicologicamente diferentes.

Então, até que ponto vale ser igual aos outros, se você não é assim? Vale arriscar sua felicidade por isso?

Um conselho: seja você, não importa o que digam, porque você é especial do seu jeito.

Caiu? Levanta

Muitas vezes me perguntaram se eu estava pronta. Pode ser pronta para sair ou pronta para esquecer o passado, mas sempre me fazem a mesma pergunta. A questão é que eu nunca estou: sempre me pegam despreparada, por mais que eu me arrume, me prepare, sempre estou desprevenida.

Por mais que a gente queira, nunca vamos estar prontos de primeira. Temos que errar pra acertar e por ai vai, o curso segue seu caminho. A resposta? Viva sua vida e curta cada momento, mesmo que seja de queda. Porque quando caímos, nos levantamos, nos superamos, e isso, com certeza, é muito melhor do que ficar na mesmice, sem risco algum.

Se eu não...

existo longe de você, então já deixei de existir há muito tempo.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Make your fairytale

Eu achava que minha vida era um conto de fadas, que tudo estava destinado, que tudo estava pronto para o seu final feliz.

Havia o príncipe perfeito, aquele tipo de garoto que por maior a besteira que falasse (se dissesse alguma) seria a coisa mais engraçada, a coisa mais linda já dita.

Ele se aproximava em seu cavalo branco, o animal veloz e destemido, cuja crina balançava com o vento. Seu montador, o mais belo cavaleiro cavalheiro do reino, seus cabelos negros brilhavam com a luz do sol ao entardecer, o crepúsculo mostrava que o fim da história estava próximo. Com seu sorriso encantador e um charme evidente, fazia todas as moças do reino suspirarem por onde passava. E os olhos, ah, aqueles belos olhos castanhos. Podiam não ser de uma cor exótica, mas conseguia enxergar algo mais do que especial neles, algo que por mais que eu procurasse, não encontrava nos outros garotos.

Ele conquistava, seduzia, eu estava crente que no final tudo daria certo. Mas descobri que esse príncipe não é meu e que não sou a princesa deste conto de fadas.

Sou uma plebéia, esquecida pelo tempo, que sempre esteve lá para cuidar do príncipe, o qual não lhe deu o menor valor. Por não ser a mais bonita, por não ser rica, muito menos perfeita.

Ela não era a princesa, mas quem sabe um dia ela construísse sua própria história, com seus próprios personagens e um príncipe só pra ela.