Lembra quando falei que, quando eu quero, tenho uma memória seletiva? Bom, é assim que surgem as minhas ilusões. Antes, quando eu era menor, eu achava que eu poderia combinar listras rosas com uma estampa xadrez azul escura e sair por ai arrasando. Agora, as dúvidas de muitas meninas na adolescência também são as minhas: será que ele gosta de mim? Será que tem CHANCE dele gostar de mim? E a mais cruel de todas: será que EU gosto dele? É uma indecisão sem fim.
Primeiro, vêem os flashbacks, onde só lembramos de coisas boas. A culpa não é nossa. Simplesmente não conseguimos ver algum defeito na pessoa que gostamos, inicialmente. Pensamos em cada sorriso, em cada toque, em cada despedida... Depois, ficamos pensando no que poderia ter acontecido e imaginando cenas dignas de filmes (aposto que todas já pensaram no beijo na chuva, não é?).
O problema é que me prendo tanto a essas lembranças, esses momentos lindos, reais ou irreias, que nem percebo que acabo não fazendo absolutamente nada. Agora, tenho que descer da minha nuvem de sonhos e encarar a realidade. Quem sabe a realidade vira sonho? Só depende de mim... E de eu parar de viver no mundo da lua, haha.
